quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sacola oxi-biodegradável sobrevive a teste por 40 dias

O teste para avaliar a eficácia das sacolinhas óxi-biodegradáveis utilizadas nos supermercados de Jundiaí tem gerado discussão e fomentado um proveitoso debate entre os estudantes do Senai.Na sexta-feira, quando completava 42 dias em que uma sacolinha estava emergida em terra e em um recipiente preparado pelos próprios alunos do Senai, a embalagem não apresentava mudanças ao olho nu.Quando o teste foi lançado, em uma parceria entre o BOM DIA e o Senai, a empresa Eco Ventures, que fornece a sacola aos supermercados, garantiu, por intermédio do representante Fábio Adriano Afonso, 34 anos, “que as mudanças seriam visíveis em 47 dias”. A total degradação, no entanto, é prometida apenas em 180 dias.A professora de gestão ambiental Adriana Costa Miguel, 35, diz que a sacola certamente se degradará no tempo previsto, mas não garante que na próxima quarta-feira, aos 47 dias, isso será visível.“O teste tem gerado discussão não só entre os alunos do curso de técnico em plástico, mas em outros também”, diz a professora.Na classe do primeiro semestre de técnico em plástico está ocorrendo, inclusive, apostas entre alunos se a sacola vai ou não degradar no tempo previsto. “As pessoas veem o recipiente no pátio e param, curiosas, para saber o que é”, diz o coordenador do Senai, Orestes Romano, que foi quem aceitou a proposta do editor-chefe, Edu Cerioni, em promover o teste.Para acompanhar a degradação, o Senai criou um mural, onde os números que contam os dias são alterados, promovendo assim a interatividade e permitindo maior aprofundamento dos alunos na experiência.


Sacola passa por diferentes ambientes


O recipiente no qual está a sacolinha tem sido mudado de ambientes dentro do Senai para dar mais credibilidade ao teste. Metade da semana, fica em locais abertos, com sol e chuva. Nos outros, é colocado no pátio, onde a terra é regada e está sob o olhar dos alunos. Minhocas e pequenas plantas apareceram no recipiente.


Alunos opinam sobre teste e duvidam de alguns prazos


A estudante Carla Belaponto Rosa, 22 anos, duvida que a sacola mostrará sinais de degradação em 47 dias em contato com a terra.Ela, que quer se focar na área de meio ambiente, acredita que o teste veio a calhar nesse momento em que a maior parte das empresas investem no verde.“Acho que a sacola deveria ficar sempre em um ambiente aberto, para estarmos mais próximos da realidade”, diz ela.Seu companheiro de classe, Junivaldo de Oliveira Silva, 22, afirma que a sacola degradável em 180 dias é um avanço e que isso já é perceptível para alunos como ele, ainda no primeiro ano de curso no Senai. “Mas não estou confiante que esta sacola desaparecerá por completo em seis meses, como diz o fabricante.”


Fonte:http://www.redebomdia.com.br/

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